São José, operário



São José Operário, protetor e modelo de todos os trabalhadores
“Quando o trabalho é um prazer, a vida é alegria. Quando o trabalho é um dever, a vida é escravidão.” Máximo Gorki

No dia primeiro de maio a Igreja aponta-nos São José como o modelo de trabalhador em todas as espécies; e de modo especial também Jesus, pois o Mestre passou Sua juventude na carpintaria do seu pai adotivo e legal. Isso para nos mostrar a grandeza, dignidade e importância do trabalho. O Filho de Deus humanado trabalhou com mãos humanas. São Paulo disse aos tessalonicenses que “quem não quer trabalhar que não coma”.
José e Jesus foram executores de um trabalho braçal, simples e rude, para nos ensinar que todo trabalho é digno, bom e santificador. São José Maria Escrivá de Balaguer, criou o “Opus Dei” com a meta: “santificar o trabalho e ser santificado por ele”. Como disse Confúcio, “o trabalho é a sentinela da virtude”, e os santos disseram que “o ócio é a oficina do diabo”.
A preguiça gera muita dor. A lei do trabalho é uma lei de Deus, e quem a desobedece sofre e faz outros sofrerem: “Comerás o teu pão com o suor do teu rosto, até que voltes à terra de que foste tirado …” (Gn 3,19).
O nosso Catecismo ensina que:
“O trabalho não é uma penalidade, mas sim a colaboração do homem e da mulher com Deus no aperfeiçoamento da criação visível” (CIC § 378).
É por preguiça que o filho não obedece a seus pais, e muitas vezes se torna um transviado.
É por preguiça que os pais, muitas vezes, não educam bem os seus filhos.
É por preguiça de algumas mulheres que o trabalho do lar é às vezes mal feito, prejudicando os seus filhos, o esposo e a alegria do lar.
É por preguiça de muitos maridos que a casa fica com as lâmpadas queimadas, o chuveiro estragado, a torneira vazando…
É por preguiça que o trabalhador faz o seu serviço de maneira desleixada, prejudicando os outros que dependem dele.
É por preguiça que o aluno não estuda suas lições e se arrasta na sua caminhada, prejudicando sua formação.
É por preguiça que, às vezes, um médico pode deixar perecer um paciente que depende dele para viver.
É por preguiça que o cristão deixa de ir à missa, de rezar, de conhecer a doutrina da Igreja, de trabalhar na sua comunidade, etc.
É por causa da preguiça de muitos que o trabalho enorme da evangelização é realizado por poucos, que acabam sobrecarregados.
Esta lista poderia ser infinda se fôssemos buscar todos os males causados pela preguiça.
Há um provérbio chinês que afirma que “não é a erva daninha que mata a planta, mas a preguiça do agricultor”.
A glória do homem consiste em concluir o que Deus, propositadamente apenas começou, e isso ele faz pelo trabalho. O homem quando trabalha não só transforma as coisas e a sociedade, mas aperfeiçoa a si mesmo.
É o trabalho realizado por nossas próprias mãos, que determinará o nosso destino. Os homens amontoam os erros de sua vida e criam um monstro que chamam destino, disse Thomas Hobbes.
No devido tempo chegareis a colher o que semeastes. Deus nos dá o solo, a terra e a fertilidade da semente, mas não coloca a semente no solo. Mais importante que o talento é a perseverança. Todo trabalho traz em si a sua misteriosa recompensa.

Viva São José, o grande e mestre do trabalho.
São José, revela com sua vida que Deus trabalha sem cessar na santificação de Suas obras
A Igreja, providencialmente, nesta data civil marcada, muitas vezes, por conflitos e revoltas sociais, cristianizou esta festa, isso na presença de mais de 200 mil pessoas na Praça de São Pedro, as quais gritavam alegremente: “Viva Cristo trabalhador, vivam os trabalhadores, viva o Papa!” O Papa, em 1955, deu aos trabalhadores um protetor e modelo: São José, o operário de Nazaré.
O santíssimo São José, protetor da Igreja Universal, assumiu este compromisso de não deixar que nenhum trabalhador de fé – do campo, indústria, autônomo ou não, mulher ou homem – esqueça-se de que ao seu lado estão Jesus e Maria. A Igreja, nesta festa do trabalho, autorizada pelo Papa Pio XII, deu um lindo parecer sobre todo esforço humano que gera, dá a luz e faz crescer obras produzidas pelo homem: “Queremos reafirmar, em forma solene, a dignidade do trabalho a fim de que inspire na vida social as leis da equitativa repartição de direitos e deveres.”
São José, que na Bíblia é reconhecido como um homem justo, é quem revela com sua vida que o Deus que trabalha sem cessar na santificação de Suas obras, é o mais desejoso de trabalhos santificados: “Seja qual for o vosso trabalho, fazei-o de boa vontade, como para o Senhor, e não para os homens, cientes de que recebereis do Senhor a herança como recompensa… O Senhor é Cristo” (Col 3,23-24).

Oração dos trabalhadores a São José
Glorioso São José, modelo de todos os que se dedicam ao trabalho, obtendo-nos, do Criador do universo, a graça de trabalhar com consciência, cumprindo com fidelidade nossos deveres; de trabalhar com reconhecimento e alegria, julgando uma honra empregar e desenvolver, pelo trabalho, as qualidades recebidas de Deus como um chamado divino para colaborar na obra da criação e aperfeiçoamento deste mundo; de trabalhar com ordem, paz, moderação, paciência e eficiência, sem nunca recuar perante o cansaço e as dificuldades; de trabalhar em espírito de penitencia para expiar nossos pecados; de trabalhar sobretudo com desapego e com dedicação pelos que dependem de nosso esforço.
Pedimos vossa intercessão pelo mundo do trabalho: que aí reine o espírito cristão da justiça e de paz, conforme os ensinamentos da Igreja, que os trabalhadores se unam em organizações que defendam seus direitos e respeitem os alheios, que patrões e empregados se tratem mutuamente como irmãos e filhos do mesmo Pai; que se convertam os que ignoram a dignidade da pessoa humana e exploram o operário e o pobre. Convosco, São José, agradecemos a Deus a saúde, a força, a disposição e as habilidades que nos permitem providenciar o sustendo de nossos familiares e serem membros úteis da sociedade. Tudo para Jesus, tudo para Maria, tudo à vossa imitação, ó Patriarca São José! Tal será nossa inspiração na vida e na morte. Amém.

Consagração São José
Glorioso São José, digno de ser entre os santos com especialidade venerado, amado e invocado, pelo primor de vossas virtudes, eminência de vossa glória e poder de vossa intercessão, perante a Santíssima Trindade, perante Jesus, vosso filho adotivo, e perante Maria, vossa castíssima Esposa, minha Mãe terníssima, tomo-vos hoje por meu advogado junto de ambos, por meu protetor e pai, proponho firmemente nunca esquecer-me de Vós, honrar-vos todos os dias que Deus me conceder, e fazer quanto e mim estiver, para inspirar vossa devoção aos que estão a meu encargo. Dignai-vos vo-lo peço ó pai do meu coração, conceder-me vossa especial proteção e admitir-me entre vossos mais fervorosos servos. Em todas as minhas ações assisti-me, junto de Jesus e Maria favorecei-me, e na hora da morte não me falteis, por piedade. Amém.

São José Operário, rogai por nós!

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